:: HISTÓRIA
A origem do handebol
O renomado sociólogo francês Pierre Bordieu acredita
que é complicado fornecer informações sobre
o surgimento do esporte, pois, segundo ele, “é difícil
precisar quando os jogos tomaram a forma de esporte”. Para
o sociólogo, o “campo esportivo” provém
de uma ruptura das atividades lúdicas ancestrais até
se constituir em práticas específicas com regras próprias.
Em outras palavras, é preciso entender que o fato de se jogar
com cabeças humanas ou de animais, por exemplo, não
deu origem ao handebol, como sugerem inúmeros livros, pois
esse esporte tem características próprias e só
consegue romper com os aspectos de atividade lúdica a partir
do momento em que as regras são unificadas e coordenadas
por um órgão soberano. Depois de realizada uma organização
das atividades lúdicas, começa a ter início
uma demanda, e devido a ela, o esporte tem a necessidade de se tornar
a cada momento mais espetacular. Como foi dito, é impossível
precisar a origem do handebol, pois, diferentemente do voleibol,
que foi criado com fins específicos, a maioria dos esportes
originou-se de práticas corporais vivenciadas historicamente
— muitas delas ao mesmo tempo — em regiões diferentes.
O handebol é um das práticas físicas mais antigas
de que se tem notícia. Ele já apresentou uma grande
variedade de formas até chegar na atual. Existem muitas versões
que explicam a criação e o desenvolvimento do handebol
atual, pois, há muito tempo, o homem utiliza a bola para
práticas físicas. Esse esporte, como o conhecemos
hoje, surgiu da reunião de vários jogos da Antiguidade.
Alguns termos designam práticas esportivas que precederam
o handebol, como hazena, handbold, harpastum, el balon e raftball.
Abaixo, estão relacionadas algumas formas de jogar que são
semelhantes ao handebol.
Jogo de urânia: jogo com bola descrito por
Homero em sua obra A Odisséia. Era praticado na Grécia
Antiga com uma bola do tamanho de uma maçã, usando-se
as mãos. Não apresentava balizas. Nesse jogo, o objetivo
era ultrapassar o oponente através de passes. Ele jogo está
gravado em uma pedra na cidade de Atenas e data de 600 a.C.
Haspartum: de acordo com os escritos do médico
Claudius Galenus (Roma, 130-200 d.C.), os romanos possuíam
um jogo com esse nome, que era praticado com as mãos e consistia
na troca rápida de passes com a finalidade de dar o maior
número de toques possíveis sem que a equipe adversária
obtivesse a posse da bola.
Jogo de pegar bola: conforme descrição
de Walther von der Vogelwide (1170-1230), na Idade Média,
as legiões de cavaleiros praticavam um jogo que era fundamentado
em passes e metas e que também era jogado por rapazes e moças
como forma de lazer.
Haanbold-spiel, handebol danés ou dinamarquês:
o professor dinamarquês Holger Nielsen criou esse jogo na
Escola Real Ortrup (1848). Nielsen determinou também as regras
do jogo, que foram publicadas em 1906 e que seriam as primeiras
do handebol: sete jogadores por quadra, num campo de 45 x 30 m.
Os jogadores deveriam atirar a bola em um arco de 3 x 2 m, podendo
correr com a bola de forma livre. Era utilizada a bola de futebol
e o jogo se assemelhava ao rúgbi, pois o adversário
podia subjugar o atacante com a finalidade de obter a posse de bola.
Como não existia área de gol, o lance podia ser obtido
de qualquer lugar do campo. As faltas eram cobradas com tiros livres
e de pênalti. O handebol danés era utilizado como complemento
para as atividades ginásticas e constituiu o ponto de partida
para o moderno handebol de salão.
Hazena: esse jogo surgiu na Checoslováquia
em 1892. Era praticado com as mãos, com sete jogadores, em
um campo de 45 x 30 m. O gol era feito em balizas de 3 x 2 m. O
hazena foi regulamentado pelo professor Kristof Antonin e, somente
em 1921, suas regras foram publicadas e divulgadas pela Europa.
Fala-se também de um jogo similar existente na Irlanda.
Balon uruguaio: foi criado pelo professor Gualberto
Valetta. As atividades de Valetta foram observadas pelo alemão
Karl Schelenz, professor de Educação Física,
em visita ao Uruguai a serviço da marinha alemã, por
volta de 1911. Schelenz se interessou pelo jogo, pois buscava encontrar
um esporte menos violento que o futebol, que fosse adequado para
os adolescentes e, se possível, que se adaptasse também
às mulheres. Com base no futebol, foram criadas as seguintes
regras: a bola deveria ser jogada com as mãos; as equipes,
constituídas por 12 jogadores (um goleiro, três defensores,
três meias e cinco atacantes, sendo que os três defensores
não podiam passar do meio do campo); a bola podia ser passada,
jogada e quicada livremente entre os integrantes da equipe; todo
o arremesso devia ser realizado de fora da área pequena de
futebol (posteriormente, esse limite foi aumentado para a grande
área, mantendo a forma regular e passando a ser domínio
exclusivo do goleiro); todas as faltas deveriam ser cobradas no
local onde eram cometidas — em caso de faltas graves, seriam
cobradas por meio de tiro livre (pênalti). Karl Schelenz adaptou
o balon uruguaio e tornou o handebol de campo um esporte típico
alemão.
Torball: Max Heiser (1879–1921), após
observar o handebol danés, desenvolveu o torball com as operárias
da fábrica Siemens, no período da Primeira Guerra
Mundial (1915–1918).
A Guerra e o Handebol
A 1ª Guerra Mundial (1915-1918) foi um período
decisivo para o desenvolvimento do Handebol, foi quando Max Heiser
um professor de ginástica em Berlim (Alemanha) criou um jogo
ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens,
derivado do "Torball" e quando os homens começaram
a praticá-lo o campo foi aumentado para as medidas do futebol.
Após a guerra (1919) o Torball teve suas regras publicadas
pela Federação Alemã de Ginástica e
o seu nome alterado para “Handball”. O jogo era praticado
no campo com 11 jogadores para cada equipe num campo de Futebol.
Em 1920 o Handebol tornou-se desporto oficial na Alemanha.
A Popularização
O Handebol jogado no campo ganhou tanta popularização
na Europa que foi incluído nos Jogos Olímpicos de
1936, em Berlim, mas foi retirado. Devido ao grande crescimento
do Futebol, com quem dividia o campo e aos rigorosos invernos na
Europa, o Handebol aos poucos passou a ser mais praticado na quadra,
onde se mostrou muito mais veloz e atrativo e em 1972 voltou a ser
incluído nos Jogos Olímpicos (desta vez na quadra),
em Munique (novamente na Alemanha). A categoria feminina foi incluída
nas Olimpíadas de 1976- Montreal (Canadá)- e desde
de então o esporte não parou mais de crescer.
Chegando ao Brasil
A 1ª Guerra Mundial teve tanta importância no desenvolvimento
do Handebol quanto na sua “chegada” ao Brasil. Depois
da Guerra o Brasil recebeu muitos imigrantes alemães que
se estabeleciam no sul do país devido às semelhanças
climáticas. Assim os brasileiros passaram a conhecer certas
culturas e atividades esportistas dos alemães.
CBHb
A grande difusão em todos os estados brasileiros
veio com a inclusão do esporte nos III Jogos Estudantis Brasileiros
em 1971 e nos Jogos Universitários Brasileiros em 1972. Em
1979 foi fundada a Confederação Brasileira de Handebol
– CBHb, que é a organizadora dos principais campeonatos
nacionais.
O handebol no Brasil
Fontes de informação sobre a chegada
do handebol no Brasil inexistem ou são inacessíveis.
O que se sabe é que esse esporte surgiu na especialidade
de campo trazida pelos europeus por volta de 1930. Eles procuraram
os estados do sul do país principalmente São Paulo,
estado pioneiro e centro de desenvolvimento do esporte. Hoje, além
da capital paulista, vários estados possuem federações
com grande número de clubes filiados e promovem competições
estaduais e internacionais. No entanto, o handebol só se
tornou conhecido em nosso país depois de ter sido incluído
nos Jogos Estudantis e Universitários (JEBs e JUBs). O marco
inicial aconteceu quando o professor Auguste Listello ofereceu aulas
de handebol para os professores que participavam do Curso Internacional
de Santos, em 1954. Os professores, interessados no novo esporte
que surgia, aproveitaram para praticá-lo com seus alunos.
Como o curso possuía profissionais de todo o Brasil, foi
possível uma grande divulgação.
As primeiras experiências do Brasil em
campeonatos internacionais foram:
Campeonato Mundial (Alemanha, 1958);
Copa Latina de Esperanças (Lisboa, 1970);
Copa Latina (Romênia, 1973);
Pan-Americano, desde 1973 (em 1981, o Brasil ficou com o vice-campeonato;
em 1987, com o 3.º lugar no feminino e no masculino);
Copa Latina (Itália, 1974);
Eliminatórias para o Mundial de 1974, disputado na Argentina
— das quais participaram também o país patrocinador,
os Estados Unidos e o Canadá;
Mundial Universitário (Alemanha, 1985).
Em 1973, sob o patrocínio da antiga CBD (Confederação
Brasileira de Desportos), foi realizado o 1.º Campeonato Juvenil
Brasileiro, masculino e feminino, em Niterói, que contou
com a participação de oito estados. Em 1974, em Fortaleza,
iniciou-se a competição para adultos. A Confederação
Brasileira de Handebol (ainda filiada a CBD) foi fundada em 1.º
de junho de 1979, na cidade de São Paulo (SP). Atualmente,
sua sede está localizada em Aracaju (SE). Em 1980, foi disputada
a I Taça Brasil de Clubes, em São Paulo. Depois desse,
o Brasil não participou de outros eventos por diversos motivos,
mas principalmente porque o selecionado foi privado da experiência
dos campeonatos europeus e, dessa forma, de todo o conhecimento
gerado no velho continente. Hoje em dia, o Brasil está novamente
participando de eventos internacionais, principalmente nas categorias
de base e competições no continente americano (Campeonatos
e Jogos Sul-Americanos e Pan-Americanos), já que o desnível
em relação aos países europeus ainda é
muito grande.
CARACTERÍSTICAS
O que eu posso desenvolver praticando handebol?
Por ser um esporte que exige muita ação
e movimentos rápidos, ele requer e desenvolve resistência
física, habilidade, coordenação, velocidade,
força e coragem. Normalmente, essas características
são adquiridas na prática em “escolinhas”;
na escola regular, entretanto, um pouco menos, porque a Educação
Física abrange vários esportes e atividades corporais,
dedicando-se apenas temporariamente a cada modalidade esportiva.
Além disso, a escola visa, antes, à formação
geral do aluno do que à performance.
Aptidões físicas
Força: é necessário força
nos membros inferiores (coxa, perna e pé) e superiores (braço
e antebraço) para que as corridas e os lançamentos
sejam realizados com eficiência.
Resistência: o praticante de handebol está
constantemente se locomovendo, esteja no ataque ou no contra-ataque,
o que requer resistência cárdio -respiratória
durante o jogo.
Agilidade e velocidade: além da resistência,
o jogador precisa realizar “piques” em velocidade, saindo
rapidamente para o ataque, por exemplo, e também é
necessária muita agilidade para manusear a bola enquanto
corre, nos passes, nas recepções e nos arremessos.
Coordenação motora: a mão
apresenta inúmeras células nervosas, o que possibilita
uma infinidade de movimentos. Por isso, o jogador de handebol deve
buscar sempre uma melhor coordenação, juntamente com
a movimentação dos saltos, dribles e arremessos. Noções
de espaço, tempo e lateralidade: há vários
tipos de passe, entre eles, o passe pronado, que requer noções
de distância, força e trajeto da bola.
Aspectos afetivos e sociais
O handebol, assim como todo esporte ou jogo,
possui a característica peculiar de desenvolver a socialização
e traços de personalidade como organização,
disciplina, responsabilidade, coragem e solidariedade. O esporte
tem a qualidade de desviar tensões nervosas e canalizar as
energias para a intensa movimentação que o jogo requer.
Características cognitivas
Capacidade de análise iniciativa ao precisar
se decidir rapidamente por determinado movimento.
Handebol de campo x handebol
de salão
Até o final da década de 40, o handebol
de campo era a modalidade dominante. O handebol de quadra era mais
praticado por países do Norte Europeu. No entanto, devido
a condições climáticas e ao fato de que, depois
do hóquei no gelo, o handebol de quadra era o esporte mais
rápido existente, este começou a ganhar muita popularidade
pelo mundo. Com a introdução de regras de outros esportes
e punições maiores às faltas violentas, o jogo
se tornou mais seguro, simples de jogar e emocionante de assistir.
O handebol se transformou em um esporte típico do inverno,
que leva o espectador a sair do frio e se emocionar com mais ação
e placares mais disputados que os do futebol. Mesmo com sua popularidade
inicial, o handebol de campo foi cedendo lugar ao handebol de salão
na década de 50. Após ter alcançado seu ponto
culminante com a participação nos Jogos Olímpicos
e sua difusão por toda a Europa e América após
o Campeonato Mundial em 1938, sua popularidade e atrativo começaram
a decair à medida que tinha avanço o handebol de salão.
O último Campeonato Mundial de Handebol de Campo foi realizado
em 1960. Essa modalidade sempre foi dominada por nações
européias — como a Alemanha, Áustria e Dinamarca
— também pelo fato de não haver fora da Europa
muitos países que praticassem o esporte. Com a ascensão,
o handebol de salão passou a ser ensinado nos ginásios
e estádios fechados. Apesar de todas as mudanças ocorridas
na preferência mundial, os alemães, juntamente com
a Áustria, Suíça e Holanda, seguiram até
a década de 70 com a prática do handebol de campo,
o que lhes criava problemas em virtude da troca de sistema a que
eram submetidos seus jogadores. Pode-se dizer que o declínio
do handebol de campo e a ascensão do handebol de salão
foram provocados pelos seguintes motivos:
- O handebol de salão oferece uma possibilidade
maior de mobilidade aos participantes; sua velocidade é constante;
a entrada em jogo de cada participante é mais assídua
que no handebol de campo, oferecendo uma visão magnífica,
com contínuas trocas de posição, tanto no ataque
como na defesa;
- No handebol de campo, o atacante tem a possibilidade
de manejar a bola com ambas as mãos, caso não haja
o duplo drible. Isso faz com que a posse da bola seja total e, portanto,
a possibilidade de “roubo” dela é quase remota,
o que tira o sentido da perseguição. Essa situação
não ocorre na modalidade de salão, pois, nela, a bola
é manejada com apenas uma das mãos e a proibição
do duplo drible dá maior possibilidade ao defensor quando
este estiver exposto à contínua perseguição
sem sentido atrás do atacante, agravada pela grande extensão
do campo;
- O futebol avançava cada vez mais, estabelecendo
soberania mundial em se tratando de esportes praticados em campo,
tanto entre os praticantes quanto entre os espectadores.
O handebol de quadra é, hoje, a modalidade
mais popular desse esporte. O handebol de campo raramente é
praticado, restringindo-se apenas a ocasiões específicas,
organizadas por antigos admiradores. Portanto, atualmente não
se usa mais o termo handebol de quadra, mas, apenas, handebol para
designar o esporte. Durante os últimos anos da década
de 90, popularizou-se uma versão de handebol de areia (ou
de praia), conhecida como beach handball, com pequenos campeonatos
espalhados por diversos países.
REGRAS
Regras Específicas - são as regras que não
necessitam o jogo estar em movimento para serem efetuadas. São
as condições mínimas exigidas pela FIH ( Federação
Internacional de Handebol), para que o jogo válido possa
ser considerado oficial.
· a quadra
· os times
· a bola
· duração da partida
· área de gol
Quadra de Handebol
A quadra é retangular com duas áreas,
a medida da quadra é de 40 metros de comprimento e 20 de
largura. A baliza é colocada ao centro da linha de fundo.
Ela mede internamente 3 metros de comprimento e 2 metros de altura.
As faixas pintadas na baliza medem 20 centímetros cada e
as faixas pintadas nos ângulos superiores medem 28 centímetros.
A área do gol é delimitada por semicírculo
de 6 metros de raio, desde o centro do gol. A linha do tiro livre
é uma linha pontilhada determinada por um semicírculo
com raio de 6 metros. As linhas pintadas são de 15 centímetros
e o os espaços entre elas é de 15 centímetros.
A linha de 7 metros constitui-se de uma linha de 1 metro de comprimento
traçada à frente da baliza paralelamente a linha do
gol, a uma distância de 7 metros. A distância limite
que o goleiro pode ir à cobrança de 7 metros é
de 4 metros, é uma linha de 15 centímetros à
frente do gol. A linha central une os pontos médios das linhas
laterais. Todas as linhas fazem parte da área por elas delimitadas.
Elas medem 5 centímetros de largura e devem ser nitidamente
demarcadas. Com exceção das linhas laterais, de fundo
e a linha do gol cuja medem 8 centímetros.
O Time
O time sempre deve manter sempre um goleiro no jogo. Cada time é
composto por 12 jogadores, mas só 7 podem ficar na quadra.
Os reservas podem entrar qualquer hora sem notificar a ninguém,
desde que seja feita na área de substituição
e que o jogador entre somente após a saída do seu
substituto.
Bola
Existem três tamanhos de bola de handebol,
cada uma possui em certo peso, tamanho pré-determinado e
representa uma categoria específica. São denominadas
por H1L, H2L e H3L. Elas têm que ser de couro e não
serem escorregadias. Para uma melhor aderência e maior liberdade
nas jogadas usa-se uma cola especial para handebol, aplicando-a
nas pontas dos dedos ou diretamente na bola.
H1L: esta bola é usada nas categorias mirim
masculino e feminino.
H2L: esta bola é usada nas categorias infantil
masculino e feminino, cadete feminino, juvenil feminino, júnior
feminino e adulto feminino.
H3L: esta bola é usada nas categorias cadete
masculino, juvenil masculino, júnior masculino e adulto masculino.
Duração
da Partida
Para a categoria juvenil, júnior e principal, a duração
do jogo é de dois tempos de 30 minutos cada, com 10 minutos
de intervalo. Para equipes das demais categorias (cadete, infantil,
etc), a duração dos jogos será conforme regras
adaptadas.
Área de Gol
Só o goleiro pode permanecer na área de gol. Ela é
violada no momento em que qualquer jogador de quadra, de ataque
ou defesa, a toque (mesmo na linha), com qualquer parte do corpo.
Só não haverá violação quando
a invasão ocorrer após o jogador ter lançado
a bola ou ter feito uma defesa, desde que não haja prejuízo
para o adversário. A violação da área
é punida com Tiro Livre, a não ser quando um defensor
a invade para colocar em desvantagem o atacante que iria a direção
ao gol.
O GOLEIRO
POSIÇÃO DE BASE
Regras de Jogo -
são aquelas executadas pela arbitragem. Fazendo-se cumprí-las,
a arbitragem impede a violência entre os desportistas e mantém
a ordem do jogo.
O goleiro não pode
1. Colocar o adversário em situação de perigo
em sua ação defensiva, jogar intencionalmente a bola
dominada para a linha de fundo; sair da área com a bola dominada;
tocar a bola na área depois de um tiro de meta (se a bola
não tiver sido tocada por outro jogador); tocar a bola fora
da área estando dentro da área [Tiro Livre];
2. Levar para a área a bola parada ou rolando
fora dela ou voltar com a bola da quadra para dentro de sua área
[Tiro de 7 metros];
3. Tocar ou ultrapassar a marca de 4 metros ou
seu prolongamento durante a execução do tiro de 7
metros, até que a bola tenha deixado a mão do executor
[repetição do tiro, se não for gol].
Tiro de Meta
Se o goleiro deixar escapar a bola ou entra com ela na baliza, não
será considerado gol. Durante o arremesso, os adversários
podem ficar no espaço entre a linha da área e a de
tiro livre.
Falta
É cobrada no local ou na linha pontilhada se for feita após
a mesma. É falta:
1. obstruir o adversário com as mãos,
braços ou pernas;
2. empurrar o adversário para dentro da
área de gol;
3. arrancar a bola do adversário com uma
ou duas mãos;
4. utilizar o punho para tirar a bola do adversário;
5. lançar a bola de modo perigoso para
o adversário ou dirigir a bola contra ele numa finta perigosa;
6. colocar em perigo o goleiro;
7. segurar o adversário, abraçá-lo
ou empurrá-lo;
8. lançar-se sobre o adversário
correndo ou saltando, passar-lhe a perna, atirar-se diante dele
ou agir de qualquer outra maneira perigosa.
Exclusão ou 2 minutos
– quando o jogador recebe esta punição,
ele deve ficar 2 minutos fora de jogo e o time fica com um jogador
a menos.
Não é falta
1 -utilizar os braços e as mãos para bloquear ou ganhar
a posse de bola;
2 - tirar a bola do adversário com a mão aberta;
3 - barrar, com o tronco, o caminho do adversário mesmo que
ele não esteja com a bola;
4 - entrar em contato físico com o adversário, quando
de frente para ele e com os braços flexionados bem como controlar
e acompanhar o adversário.
É liberado
1. bater a bola várias vezes em seguida no solo com uma das
mãos ou rolar a bola no solo com uma das mãos, seguidamente,
e retomá-la com uma ou com ambas mãos;
2. quando o jogador dominar a bola, deve jogá-la
após o máximo de três passos ou três segundos.
A bola é considerada como lançada ao solo desde que
o jogador, intencionalmente, com qualquer parte do seu corpo a desvie
para o solo. Ela pode ser novamente lançada ao solo e recuperada
se tocar em outro jogador ou na baliza;
3. passar a bola de uma mão à outra,
desde que não perca o contato;
4. ajoelhado, sentado ou deitado, continuar a
jogar.
É proibido
1 - segurar a bola por mais de 3 segundos sem batê-la no chão
2 - dar mais de 3 passos com a bola na mão
3 - tocar a bola com as pernas ou os pés, lançar intencionalmente
a bola sobre as linhas laterais ou sobre sua própria linha
de gol. Exceção feita ao goleiro.
4 - o jogo passivo, quando a equipe tenta conservar a bola o maior
tempo possível, caracterizado pela ausência de ataque
do time com a posse de bola.
Tiro lateral
É marcado quando a bola sai pelas laterais ou de fundo,desde
que não seja tocada pelo goleiro numa ação
defensiva. O cobrador deve manter um pé sobre a linha até
que a bola tenha deixado sua mão, sendo-lhe proibido colocar
a bola no solo e tornar a pegá-la ou quicá-la. Os
adversários devem ficar a pelo menos três metros do
executor, a menos que à distância do ponto de arremesso
e a linha da área seja menor, nesse caso os defensores podem
ficar antes da linha da área. Um gol marcado direto de um
tiro lateral será válido.
Tiro livre
O tiro livre é executado sem o apito do árbitro, do
local onde a falta foi cometida. Se este local estiver entre as
linhas da área de gol e de tiro livre, o arremesso será
executado do local mais próximo da linha de tiro livre. Durante
a execução do tiro livre, os jogadores da equipe atacante
não devem tocar ou ultrapassar a linha de tiro livre e os
adversários tem que se colocar pelo menos a 3 metros do jogador
que vai executar o tiro.
Tiro de 7 metros
Nenhum outro jogador, além do executor, pode ficar entre
a linha de área de gol e a linha de tiro livre. Se um jogador
da equipe atacante toca a linha de tiro livre, antes do arremesso
é marcado tiro livre em favor da equipe defensora. No caso
inverso, pune-se o infrator marcando gol (se a bola entrou), ou
repetição do tiro. Um tiro de 7 metros é marcado
nos casos de:
1. conduta irregular que impeça uma clara
ocasião de marcar um gol, em qualquer lugar da quadra;
2 - o goleiro joga, para a sua área, a
bola que está fora dela ou retorna com a bola controlada,
da quadra para área;
3 - violação da própria área, numa tentativa
de defesa, colocando em desvantagem o atacante que está com
a posse da bola.
TÉCNICAS
Recepção
Assim que recebe a bola, o jogador deve segurá-la
prendendo-a fortemente entre os dedos, pois do contrário
corre o risco de perdê-la. De posse da bola, naturalmente
os adversários tentarão tomá-la. Quando um
adversário tentar tomar-lhe a bola, o jogador puxa-a para
junto de seu corpo, protegendo-a.
Recepção
Tipos de Arremessos
O arremesso é a função principal
do jogador no ataque. Um bom tiro deve ser potente e preciso; surpreender
o goleiro é a melhor garantia para obter o gol. Não
se deve forçar sua execução, e sim criar a
oportunidade; evitando a colocação do adversário
entre a bola e o gol. O melhor ângulo de arremesso se consegue
sempre através de uma evolução tática
e, neste momento, devemos escolher o tipo de arremesso para se obter
os melhores resultados.Os tipos de arremessos são arremesso
simples e arremessos especiais.
Arremessos especiais
De Quadril - O jogador esconde o braço
atrás de seu corpo à altura da cintura, gira o tronco
e lança, surpreendendo os jogadores da defesa e o goleiro.
Em Suspensão - Após o salto, o
jogador gira ligeiramente o tronco para trás. Quando alcança
a altura máxima, vira o tronco e lança a bola com
o braço estendido. O impulso é obtido após
uma curta corrida.
Com queda - O atacante inclina o tronco e o coloca
paralelo ao solo: no momento do lançamento só tem
apoiada à perna contrária do braço que lança
a bola.
Por Cobertura - A bola sai da mão lentamente,
descrevendo uma trajetória parabólica por cima do
goleiro, que abandonou o gol. Este tiro requer uma técnica
apurada e um perfeito dom.
Arremesso em suspensão (com salto):
Passes
O passe pode ser executado com as duas mãos, porém
o melhor é fazê-lo com uma das mãos devido ao
tamanho da bola e à maior liberdade de movimentos que ele
permite. O passe frontal é o mais comum e o mais fácil
de ser executado. O passe frontal picado serve não somente
para enganar o adversário, como também para dificultar-lhe
o trabalho de interceptação da bola, principalmente
se ele for alto. O passe baixo é usado para distâncias
curtas. Deve ser executado quando o jogador está de costas
para a defesa e precisa manter a bola bem protegida.
Recomendações para o
passe
O jogador que estiver com a bola pode também querer conduzí-la.
No handebol, assim que o jogador recebe a bola pode dar até
três passos com ela na mão. Em seguida, poderá:
* passá-la ou arremessá-la;
* ainda bater uma ou mais vezes a bola no chão, dar mais
três passos e só então arremessá-la ou
passá-la.
Fintas
Fintas são movimentos que o jogador realiza para desequilibrar
e confundir o adversário. As fintas são muito usadas
para escapar dos adversários durante a condução
da bola, fugir de uma marcação, alcançar uma
posição melhor para receber um passe, interceptar
um passe adversário e infiltrar-se numa defesa. Um outro
tipo de finta é o passe de costas, muito utilizado para se
penetrar na defesa adversária e chegar a uma posição
adequada ao arremesso. O atleta segura a bola, leva o corpo para
um lado e lança a bola para trás. Desta maneira, faz
com que o adversário se desloque, deixando um lado livre
para que possa executar um passe. Conduzindo a bola, utilizando
fintas e passes as equipes chegam perto da área de goleiros
e se preparam para fazer o arremesso ao gol.
Finta
Contra-Ataque
É uma jogada rápida, que constitui a melhor maneira
de se chegar ao gol do adversário, pois, quando perde a bola,
o ataque adversário nem sempre consegue se organizar para
a defesa. Existem vários sistemas de contra-ataque. Citaremos
dois deles: o contra-ataque direto e o contra-ataque sustentado.
Contra-ataque direto - Acontece quando, num passe longo, o jogador
que recebe a bola sai em velocidade para a quadra do adversário.
Contra-ataque sustentado - Quando mais de um jogador sai do seu
campo defensivo par o ataque em velocidade, fazendo passes, sem
que os defensores tenham condições de se organizar
para a defesa.
TÁTICAS
O handebol é um jogo que exige movimentação
constante. Portanto, para que não haja confusão, é
importante que toda a equipe saiba movimentar-se conjuntamente dentro
da quadra e que cada jogador conheça a própria função.
Os técnicos desportivos estudaram e desenvolveram várias
maneiras eficientes de uma equipe atacar e defender-se. Estas maneiras
são chamadas sistemas táticos. No handebol, como nos
demais desportos coletivos, a preocupação de uma equipe
deve ser a de ter a posse de bola durante o maior tempo da partida,
para atacar o maior número de vezes seu adversário
e marcar gols de que precisa para vencer. O jogador, tão
logo tenha completado uma jogada ofensiva, deve estar preocupado
em recuperar a bola o mais rápido possível. E isto
deve ser feito sempre sem faltas, de forma legal. Para que isso
aconteça, o jogador deve dominar perfeitamente os fundamentos
defensivos, marcar bem, ser determinado, ter sempre iniciativa no
ato de querer tomar a bola, mas sem ser violento com o adversário.
Técnica Defensiva
Durante uma partida, as ações defensivas e ofensivas
alternam-se de tal forma que pela lógica deverá prevalecer
o resultado positivo em favor da equipe que conseguir maior número
de tentos e se defender melhor, evitando que o adversário
tenha êxito em sua ação ofensiva. Geralmente,
a preocupação dos jogadores é com treinamentos
ofensivos, descuidando-se muitas vezes dos defensivos, atitude essa
que deixará a equipe desequilibrada.
Como marcar
. Posição básica defensiva
do jogador - Pernas afastadas, um dos pés um pouco
avançado, pernas ligeiramente flexionadas, braços
levantados acima dos ombros.
. Como se deslocar na posição
defensiva - Deslocar-se para frente, para trás e para
os lados, evitando cruzar as pernas ou saltar para não perder
o equilíbrio caso o adversário faça fintas;
antecipar-se no sentido de ocupar espaços, impedindo as progressões
e mesmo a passagem do adversário.
. Movimentação constante dos
braços - Utilizar os braços e as mãos
para se apoderar da bola não dominada pelo adversário,
interceptando passes, na disputa da bola rebatida, nas atitudes
de defesa dos arremessos.
. Saber fazer uso do corpo para obstruir
a ação do adversário - Barrar com o
tronco o caminho do adversário, mesmo que ele não
esteja com a posse da bola.
Para ser um bom defensor no Handebol
I: Analise as habilidades do adversário;
II: Esteja sempre entre o seu adversário e a área
de gol;
III: Localize a bola sem perder tempo;
IV: Seja determinado e agressivo, atacando sempre para se apoderar
da bola;
V: Movimente-se permanentemente, cubra os espaços, agite
os braços, dificultando o trabalho do adversário;
VI: Vigie o adversário, mas não se descuide da bola
e do jogo;
VII: Procure se antecipar para o não permitir que o adversário
possa receber a bola;
VIII: Feche os espaços para dificultar a infiltração;
IX: Enfrente o adversário, que está com a bola, não
permitindo arremessos do centro da quadra.
X: Fale com seus colegas e esteja pronto para cobertura.
Algumas
disposições do goleiro para defesa dos arremessos:
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- Arremessos a meia altura
- |
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- Arremessos altos -
- Arremessos baixos |
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- Arremessos das pontas
- |
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Sistemas Defensivos
Sistema de marcação individual
A defesa individual deve ser a mais utilizada
por aqueles que estão começando a jogar. Neste tipo
de defesa, a habilidade de cada defensor é fundamental, pois
ele é diretamente responsável por um atacante. Caso
este defensor falhe, a equipe deverá da cobertura necessária
fazendo trocas de marcação. Esta situação
ou condição favorece a que cada defensor não
fique limitado a sua ação individual de simplesmente
marcar um dos atacantes, mas estar concentrado no jogo para desenvolver
uma visão periférica observando todo o jogo e aprendendo,
assim, a fazer trocas e coberturas quando necessárias.
Sistema de marcação por zona
Na marcação por zona, ao contrário, cada jogador
é responsável por uma zona em seu campo de defesa,
entre as linhas da área de goleiro e as de tiro livre, devendo
marcar todos os jogadores que passem por sua zona. Na marcação
por zona, quando um jogador sai para interceptar um arremesso, outro
jogador se desloca para dar-lhe a devida proteção,
cobrindo sua zona, a fim de evitar um vazio na defesa. Dependendo
da necessidade, os jogadores auxiliam-se mutuamente, fazendo coberturas
de posição. Para que a defesa da equipe funcione,
é necessário que cada jogador saiba o que fazer individualmente.
Sistema defensivo por zona 3 x 3
Sistema defensivo limitado, mas que proporciona aos iniciantes melhores
possibilidades de um aprimoramento de suas habilidades individuais.
Temos nesse sistema duas linhas de três jogadores, que não
ficam na mesma linha.
Sistema defensivo por zona 3 x 2 x 1 (variação
do 3 x 3)
Sistema no qual existe a deslocação de todos para
a zona onde está a bola, formando quase uma linha em relação
ao eixo da mesma.
Sistema defensivo por zona 4 x 2
No sistema defensivo 4 x 2 , 4 jogadores colocam-se próximos
da linha da área de goleiro para impedir a penetração
e os arremessos dos adversários. Dois jogadores ficam próximos
da linha de tiro livre, para dar maior combate aos armadores.
Sistema defensivo por zona 5 x 1
No sistema 5 x 1, quando a equipe se defende, 5 jogadores colocam-se
próximos da linha da área de goleiro, para impedir
a penetração e os arremessos dos adversários.
Um outro jogador fica próximo à linha de tiro livre,
para dar combate aos armadores e interceptar os arremessos de longa
distância.
Sistema defensivo por zona 6 x 0
No sistema defensivo 6 x 0 , temos uma ótima defesa, pois
não permite uma movimentação livre do pivô
contrário, tendo como ponto forte defensivo o centro da área,
porém deve ser utilizado quando o adversário não
possui bons armadores que arremessem forte da área de tiro
livre.
Sistemas Ofensivos
Todo tipo de ataque deve ser bem organizado. entre os sistemas de
ataque mais usados temos o ataque em circulação e
o ataque posicional.
Ataque em circulação
É um sistema com grande movimentação e trocas
sucessivas dos atacantes, sendo que a bola deverá também
circular por todos os lados, até que se consiga uma situação
ideal para o arremesso. Não recomendamos esse sistema para
iniciantes.
Ataque posicional
É um sistema em que cada jogador ocupa sua posição
específica e inicia um trabalho de passes para deslocar a
defesa, criando um espaço em que um dos atacantes possa fazer
o arremesso numa posição favorável, com maiores
chances de gol.
Posicionamento Ofensivo
Para você que está se iniciando ou deseja conhecer
melhor a tática ofensiva do handebol, apresentamos uma formação
básica, onde colocamos os jogadores atacantes em duas linhas,
ou seja, três jogadores posicionados mais próximos
á linha de tiro livre de 9 metros e outros três que
se colocam próximos à área de gol ou linha
dos 6 metros: A partir desse posicionamento básico, são
feitas as mudanças de direção e principalmente
infiltrações, abertura de espaços entre os
jogadores da defesa. Em todas as equipes sempre existe um ou mais
jogadores que se deslocam dentro da quadra a fim de lançar
bolas para companheiros bem colocados, confundir a equipe adversária,
receber passes dos companheiros em dificuldades e fazer arremessos
à distância. Esses jogadores, como os representados
pelas letras A, B e C, jogam mais recuados que os companheiros e
são chamados armadores (meio direita, central, meio esquerda).
Eles orientam, organizam e distribuem a bola durante o jogo. Além
disso, em todo sistema ofensivo, sempre é conveniente colocar
um ou mais jogadores na defesa adversária com a função
de atrapalhar, confundir os jogadores da outra equipe, criar condições
para que outros companheiros possam penetrar na defesa adversária,
receber passes e arremessar contra a baliza. Esses elementos, como
a letra E da ilustração, são chamados de pivôs.
Observe:
Além dos armadores e dos pivôs, existem
jogadores que se deslocam pelas laterais da quadra adversária.
Esses jogadores, como os da letra F e D da ilustração,
recebem passes dos armadores e pivôs e arremessam ou penetram
pelas laterais. Eles são chamados de pontas.
Para ser um bom atacante no Handebol
I. Estude bem seu marcador;
II. Antecipadamente, tenha na cabeça a jogada que executará
quando receber a bola;
III. Seja capaz, mesmo sem olhar, de saber do posicionamento ofensivo
dos seus companheiros;
IV. Durante a condução da bola, nunca pare para pensar
o que fará com ela;
V. Não permaneça parado se movimente bastante;
VI. Mantenha-se afastado do seu marcador;
VII. Procure variar bastante suas ações ofensivas;
VIII. Surpreenda seu adversário com velocidade;
IX. Ameace sempre o arremesso ao gol;
X. Use suas habilidades mas não seja individualista;
XI. Apóie seus companheiros na quadra, oriente sem ser agressivo
e comemore com sua equipe qualquer ação de sucesso.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Os esportes têm se desenvolvido cada vez mais com o passar
dos anos, o desenvolvimento deve-se a vários fatores de intervenção
na performance tanto física, psicológica e de valorização
social que o esporte atingiu. O esporte é um fenômeno
que chama a atenção dos indivíduos no universo
da sociedade contemporânea. O modelo social inclui, entre
outras instituições, a família, a escola, o
clube esportivo, os quais afetam os indivíduos em relação
às suas potencialidades e à sua formação
esportiva. O dinamismo destes fatos está relacionado com
os acontecimentos que envolvem a vida esportiva dos atletas e a
participação/atuação dos adultos no
ambiente esportivo. O esporte espetáculo incentiva as potencialidades
dos indivíduos para o esporte de alto rendimento, estimulando-os
para tornarem-se bons atletas, relacionando deste modo o processo
da orientação educativa esportiva nas escolas, o estímulo
social, e o papel que os pais podem desempenhar para que seus filhos
atinjam esses objetivos. Esse processo leva aos problemas referentes
aos aspectos social e funcional das práticas esportivas.
O indivíduo que compete é submetido a inúmeras
exigências, inclusive as sociais, tendo em vista que os indivíduos
se expõem ao julgamento dos demais. Esta situação
tem conseqüências educacionais e pode estar presente
no processo de formação e desenvolvimento das habilidades
esportivas. O nível de orientação educacional
e esportiva inclui uma questão psicossocial fundamental no
comportamento esportivo, já que são colocados diante
de possibilidades de fracasso em qualquer momento do processo de
formação e desenvolvimento dentro do cenário
das práticas esportivas. O incentivo dos familiares é
fundamental: em si, é demasiado complexo; depende de diversos
fatores diretamente relacionados construtivamente em termos das
necessidades dos familiares e das necessidades dos familiares e
das crianças/adolescentes. Não há dúvidas
de que um dos papéis essenciais do
pai e da mãe seja o de incentivar
as crianças no sentido de participarem do esporte e,
assim, dar a eles mais estreita cooperação,
e de tal modo acelerar a sua prontidão esportiva, sua maturidade
e uma grande variedade no mundo dos campos, quadras, pistas e piscinas.
É fundamental saber quais são os tipos de apoio que
estes jovens recebem da família, nessa expectativa de todos
conseguirem seus objetivos. O incentivo é uma tarefa social,
mais que uma questão esportiva. Introduzidos nas escolas
com o objetivo de uma melhora das qualidades físicas e interação
social dos indivíduos, é através dos jogos
que os alunos percebem as primeiras regras que vão fazer
parte de toda a sua vida. O item idade para iniciar o handebol deve
ser respeitado, principalmente no que diz respeito à repetição
dos exercícios. Mesmo que haja um bom planejamento, é
necessário proporcionar também um ambiente de aprendizagem
adequado, que estimule e explore as características dos alunos
no domínio cognitivo, afetivo, social e motor. A maneira
como o ambiente é preparado e como as atividades são
orientadas podem influenciar de forma positiva ou negativa a aprendizagem
e o desenvolvimento do aluno. Analisar os objetivos e metas dos
atletas com a prática do handebol, os fatores que facilitam
ou dificultam sua vida como atleta, que tipo de apoio o atleta recebe,
identificar a sua autopercepção no esporte competitivo,
quais motivos que mantém os atletas praticando esportes e
quais motivos podem levar o atleta a abandonar o esporte, são
de extrema importância para treinadores, pais e todos aqueles
que norteiam a vida desportiva destas pessoas. Por fim, fica evidente
que o sucesso de uma equipe passa pela união entre a comissão
técnica e auxilio dos professores da escola e principalmente
dos pais, que tem um papel fundamental, na construção
da personalidade, seja em casos de vitória ou derrotas (coletivas
ou individuais).
BIBLIOGRAFIA:
. http://www.aprendebrasil.com.br/home.asp
. http://www.efdeportes.com/indicbr.htm
. http://www.museudosesportes.com.br
. http://www.handcampos.hpg.ig.com.br
. GRANDE ENCICLOPÉDIA LAROUSSE CULTURAL
- NOVA CULTURAL.
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